Viação Gatusa Transportes Urbanos 7 6913 em São Paulo por Rangel Rovaron Lopes - ID:888098

É super moderno,não polui,mais em materia de boniteza,pra mim não é...

Não polui? Polui quase ou tanto quanto um convencional.

Dizem que polui e gasta menos, mas considerando que eles usam o motor "pré-Powerstroke" (7.3L V8, segundo me consta de injeção indireta e possivelmente "maçarico"), eu não ponho a mão no fogo por eles...

Eu não duvido que um gerador mais compacto e acionado por um motor de 4 cilindros já teria resultados adequados, tanto que a Eletra usa motores de caminhonetes médias como a Ranger e a S10 para acionar os geradores em alguns chassis (nos articulados normalmente usa motores de caminhões pequenos até a faixa dos 4 litros de cilindrada, mas com a tecnologia agregada nos motores Diesel mais recentes já poderia usar até algum na faixa de 3 litros). Enquanto isso a TuttoTrasporti usa um motor parecido com o que era usado na F250 de especificação australiana

Além de não forçar tanto o motor, quanto um ligado diretamente à tração, ele não é acionado o tempo inteiro. Então essa idéia de que polui "quase ou tanto" não faz sentido algum.

Quem faz o trabalho pesado de deslocamento, é o elétrico, que possui uma faixa de torque alta e plana desde que o veículo é ligado.

A idéia de reduzir a poluição é, sem dúvidas, louvável, mas se é para fazer um sistema tão complexo poderiam ter escolhido pelo menos um motor de concepção mais avançada para o gerador, daí faria mais sentido.

Daniel Girald
Aí eu concordo!

Paulo César de Carvalho Júnior
Na prática, de nada acaba adiantando usar um motor de concepção um tanto obsoleta, já que acaba anulando ao menos parcialmente as vantagens atribuídas ao sistema de tração elétrica. Por exemplo, já pensou se começassem a usar carburador e platinado num Chevrolet Volt?

No caso desse modelo em particular, alguns motores mais compactos e de projeto mais recente, com potência e torque específicos superiores e relação peso/potência mais favorável acabariam por aumentar a eficiência e reduzir o peso morto no veículo como um todo, contribuindo para uma melhoria mais destacável no consumo de diesel. Aquele 2.8 da S10 nova cairia como uma luva...

Daniel Girald
Sim sim, claro.. Mas daí a dizer que polui quase o mesmo tanto que um convencional é exagero. Esse polui MUITO menos, mas poderia ser ainda mais eficiente e o motor à combustão fosse um mais moderno também.

Na prática, uma série de aspectos poderiam ser reconsiderados ao levar em conta a proposta ecológica na qual esse modelo se insere. Para prover tração poderiam ser empregados hub-motors, zerando perdas parasitárias na transmissão (mesmo não tendo câmbio ainda existem atritos no diferencial e inércia em função do peso dos semi-eixos), um motor mais compacto e econômico poderia ser usado para mover o gerador sem prejuízos à eficiência, e por consumir menos óleo diesel poderia ter um tanque igualmente menos volumoso, a direção poderia ter assistência elétrica ao invés de hidráulica ou provavelmente eletro-hidráulica (isso além de gerar menos peso e complexidade acaba roubando menos potência do motor). Reduzindo o peso morto ainda é possível depender de uma bancada de baterias mais compacta (e por conseqüência igualmente mais leve) sem prejudicar a autonomia em comparação com a versão do híbrido em questão. A propósito: considerando o atual cenário do mercado brasileiro, embora eu goste dos produtos da Marcopolo e não negue, o design mais aerodinâmico do Neobus Mega BRS seria até mais adequado a uma evolução desse projeto de ônibus híbridos...