Viação Capital do Vale 3285-4 em São José dos Campos por Leandro Machado de Castro - ID:11154945

Sim, essa época dos final dos anos 1990 a segunda metade dos anos 2000 foi marcada por veiculos muito variados - e muitos deles de alto valor agregado para época. Mas infelizmente, nos dias atuais a frota está muito básica.

Esse é Ex-Novacap.

Ah é a Novacap também teve desse, não tava lembrando...

Exato. Eram 4 carros. Chegaram na garagem da Capital do Vale com a pintura inteira da Novacap, mantidos os números de ordem (prefixos) e adesivos internos e externos. Da forma que ele rodava nas ruas do RJ ele chegou inteiro em SJK.

A sensação que eu tenho é que esse ápice foi até 2004, mais ou menos. Até 2004 muitas compras de carros novos e variados. Depois o Ministério Público Federal começou a cobrar forte da prefeitura de SJK a realização de licitação para operação do transporte público municipal. Paralelamente varias cobranças começaram contra a empresa, que estava muito endividada - não pagava os direitos trabalhistas, débitos tributários, etc etc. Este grupo praticamente crescia fazendo dividas.

Sim, era um carro muito bonito. Ponto alto destes carros eram os 2 monitores de TV embarcados (com aqueles grandes tubos de imagem), quase sempre ligados ao vivo na programação da TV Vanguarda (afiliada local da Rede Globo de Televisão).

Foi alguma exigência no Rio de Janeiro para as empresas comprarem padrons entre 1998 e 2002?
Já vi várias fotos desses carros, entre Padron Cidade II, Viale, Torino Gv e Alpha, todos na mesma configuração: Motor traseiro e ar-condicionado, mudando apenas o chassis.
Mas depois todos foram sendo vendidos um pouco rápido.

Era o auge dos perueiros com suas Kombis, Bestas, Topics, Towners e no final da década os Sprinter e Daily... dai as empresas começaram a investir em carros mais equipados.

Lucas, em 1998 havia a expectativa da aprovação de um projeto de lei federal que proibiria o uso do motor dianteiro a partir de 2002 em diante. Assim, muitas empresas do RJ para não ficar com uma frota tecnologicamente atrasada (caso a lei fosse aprovada) anteciparam parcialmente a compra de veículos com motor traseiro, até mesmo para ter esses veículos a disposição para futura revenda.

Paralelamente a isso, nesta época muitas empresas do RJ estavam mergulhando em sistemas de padronização de qualidade para enfrentar a concorrência dos piratas e clandestinos (que nesta época infestavam cidades de SP, mas ainda não tinham chegado com força no RJ).

Com a crescimento econômico aquecido na epoca, havia uma perspectiva de melhora do atendimento, com expectativa de compra futura de veiculos de maior valor agregado (como piso baixo, com ar condicionado, etc).

Entretanto o futuro acabou sendo diferente. A tal lei de proibição do dianteiro não foi aprovada, algumas crises econômicas externas surpreenderam o Brasil por volta dos anos 2003/4, somado a preocupação do mercado com relação a primeira eleição do presidente Lula, disparada do dólar a partir de 2002, avanço forte dos clandestinos por todo Brasil, queda continua da quantidade de passageiros, etc.

Tudo isso acabou como justificativa para continuar a compra de veiculos de motor dianteiro e com as carrocerias mais leves e simples (como os Citmax e Urbanuss Ecoss da vida).

Adrianno e Leandro, obrigado por tirarem essa dúvida.

Leandro, obrigado pela explicação! Eu sempre quis entender o motivo desses padrons com a/c no Rio de Janeiro "na virada do século".
O Grupo Amaral daqui de Brasília comprou cerca de 30 Viales ano 1999 com chassi Scania L94 em 2002 que foram da empresa Rodoviária Âncora Matias, e foram a sensação de Brasília nos anos 2000

Valeu Lucas! Valeu Irlan!

Sim, era sim. Pessoalmente parecia até mais bonito que nas fotografias.

Pois é, esse da foto lembro de vê bastante nas linhas do colonial, bate uma nostalgia vê as fotos da capital, real.

Sim, o periodo entre 2002 e 2004 foi o auge. Depois a cobrança das inúmeras dividas que o grupo fazia começaram a ser cobradas uma a uma e o grupo foi caindo ano a ano.

No Colonial eu não lembro desses carros. Quando começaram a rodar em 1998 (e por muitos anos) ficava na 204 (Novo Horizonte), nas variantes A e B. Algumas vezes, nos primeiros meses, tentaram colocar na 237 (Novo Horizonte x Jardim Aquarius - então denominada como "Carrefour" apenas), mas logo viram que a 237 demandava veículos maiores.

Sim, SJK caiu bem o nível da frota. Infelizmente...