Eucatur - Empresa União Cascavel de Transportes e Turismo 4951 em Humaitá por Flavio Rodrigues Silva - ID:6185778

Até q o trecho do meio estava "suave" nessa época do ano.

E então Flávio, quais suas impressões dessa viagem feita entre Manaus e Porto Velho na BR-319?

Raider, essa viagem foi muito emocionante. Já tinha feito outros trechos "pesados", como Cuiabá x Santarém, Santarém x Belém, Rio Branco x Cruzeiro do Sul. Mas cada viagem é especial e tem sua particularidade. A balsa de saída de Manaus é inesquecível, assim como o céu perfeitamente estrelado no meio da Floresta Amazônica, sem nenhuma influência das luzes das cidades.
Os trechos com asfalto da BR-319, que vão da balsa do Careiro da Várzea (saindo de Manaus) até um pouco depois do Careiro Castanho e das proximidades de Humaitá até Porto Velho, estão um tapete. Os trechos de asfalto ruim, que são poucos, estão arrumando.
Já o trecho sem asfalto, chamado "trecho do meio", que é a parte maior e delicada da viagem, está uma calamidade.
Só que nessa época da viagem, bem no meio do "verão amazônico", o problema é a poeira e buracos, e as pontes de madeira mal conservadas e perigosas. Nessa época a estrada está "seca", então a maioria dos atoleiros viraram imensos buracos. Ainda restam alguns atoleiros mais resistentes, mas o ônibus só patina, sem se agarrar.
A estrada continua sem nenhuma infra-estrutura e pouco movimento. E se o ônibus quebrar vc fica com aquela sensação de "xiii f...deu!"
Mas a viagem vale cada minuto dentro do ônibus.

Me disseram que postos de combustíveis seriam até onde o asfalto vai e depois apenas num povoado bem lá no trecho do meio. Há muitas paradas nessa linha?

São 400km sem posto de combustivel.

O último posto de gasolina no sentido Manaus x Porto Velho fica no Careiro Castanho, onde o ônibus reabastece. Depois só chegando em Humaitá. Existe um comércio de combustível à granel, em alguns povoados do caminho, mas em pequenas quantidades.

Sei não. Acho q se o cenário de eleição atual para Presidência se confirmar, o asfaltamento sai do papel. O principal entrave vem dos orgãos de meio ambiente (e dos balseiros, mais subterraneamente). O candidato a presidente mais cotado e seu vice já se disserram favoráveis a reabertura permanente da estrada. Aguardemos mais um capítulo dessa novela...

Isso se essa empresa aí ficar, né?! Porque tem empresa forte do nordeste de olho nos trechos (não estou falando do Porto Velho x Manaus ou PVH x Humaitá) dessa banda de cá. Tendo em vista, que terá licitação das linhas. E, com o Acir fora, isso fica mais fácil. E eu, sempre torci para que esse dia chegasse, Rondônia vir a ter concorrência e não ficar na mão de uma só empresa. Como eu disse em uma outra foto, concorrência é bom aqui em Rondônia e se faz necessária. Vim de um lugar que lá funciona as coisas, todas as empresas se empenham e melhorar o serviços para os usuários. O Rio Grande do Sul, por mais que esteja passando por problemas financeiros. As empresas ainda pensam no cliente.

Ah sim... A Eucatur sofrerá sérios impactos, com Acyr fora. E a concorrência, ainda mais nesse quase monopólio da Eucatur em Rondônia, sempre é bem vinda. Só temos que tomar cuidado para a coisa não desgringolar é virar como ocorreu em alguns estados, com o fim de uma grande empresa que os servia: ao invés de outras boas empresas, o transporte intermunicipal foi dominado por vans e piratas.

Valeu pela visita!