Himalaia Transportes > Ambiental Transportes Urbanos 4 1920 em São Paulo por Adamo Bazani - ID:11462508

Evolução até certo ponto. Os trolebus nao precisam ficar 4 horas parados para recarregar. Se esses fossem "dual bus", trolebus E bateria, aí sim seria evolução. Do jeito que o prefeito quer fazer, não creio ser uma evolução não.
Como resolver a questão do descarte das baterias daqui há alguns anos? Ele não fala nada disso. Até que ponto veículos movidos à bateria são ecologicamente corretos?
É um longo debate...

Já há modelos com recarga em 2 ou 3 horas, e futuramente em menos de umas hora. Além disso, começam a aparecer usinas de reciclagem de baterias, além de testes com baterias mais sustentáveis também. Hoje, o custo de operação e manutenção dos trólebus estão mais próximos dos veículos a diesel que os elétricos.

Diego, algumas perguntas. A recarga rápida exige o uso de carregadores mais caros, e às vezes até dois deles para um só veículo (razão pela qual os BYD possuem dois conectores, um em cada lateral); logo, você está considerando este investimento para uma frota do tamanho da de SP? Sobre a reciclagem das baterias, especialmente as que contém metais pesados como as LiFePO4, qual o impacto deste processo nas expensas do sistema? Sobre o custo de manutenção dos trólebus, de onde você tirou esse dado? Quando o assunto é ônibus elétrico, eu vejo muito positivismo, muita política, muito discurso e muito "hype". Só não vejo muito cálculo. E é nesta hora que vemos gastos absurdos que afetam toda a população com retornos parcos e tortos. Passou da hora de colocar os pés no chão e compreender que eletrificação não se faz na base da canetada - muito menos para fazer propagandas políticas.

Eduardo, hoje, você já consegue reciclar mais de 95% das baterias e já há estudos em cima da reciclagem do LiFePO4.
Sobre o tempo de carregamento, a cada geração de baterias e carregadores lançados, tem havido mais eficiência, é notório isso. Agora sobre o trólebus, tenho amigos na SPTrans que me passaram essas informações quando precisei fazer um estudo.
O prefeito de São Paulo acaba tendo razão em desativar os trólebus em prol dos elétricos puros justamente pelo preço final.

Eu também estudo constantemente o setor, por profissão, e embora os elétricos a bateria sejam mais flexíveis, os trólebus são sim mais eficientes a longo prazo. O que acontece é a falta de investimento na rede de trólebus, com equipamentos sucateados e uma operadora de qualidade discutível. Em questão de carrocerias, o custo de manutenção é o mesmo para qualquer forma de tração. Agora, quanto a chassis, é simplesmente inegável que os elétricos a bateria sofrem mais desgaste, devido ao maior peso do conjunto. Pneus e suspensão sentem - e muito - a diferença. Bem como a carroceria como um todo, especialmente quando as baterias ficam alojadas no teto, exigindo reforço estrutural. Fora que um trólebus com marcha autônoma pode rodar 24h por dia, o que é simplesmente impossível para um VEB. Fora o tempo de recarga, deve-se somar as viagens ociosas e transferências, que impactam diretamente na operação. Onde um híbrido ou trólebus faz escala, você precisa de dois elétricos. Por isso eu afirmo que não basta forçar a eletrificação, quando ela é feita sem consciência dos impactos no sistema.

Como falei, a cada geração de novos elétricos, eles ficam mais eficientes. Em 2014, levava-se 20 anos para se ter o retorno do investimento na compra de um ônibus elétrico, atualmente leva-se 12 anos. Sobre os trólebus, só em São Paulo, com o custo da conta da tarifa de energia a ser paga já dá pra comprar alguns elétricos.

E fato parece. Não duvido nada que ele ganhe o apelido de "cururu" kkkkk