Expresso de Prata 2226 em Bauru por Rafael Viana Busólogo Bauru - ID:10770122

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"1721" ou "1724", nessa mesma carroceria. Qual seria o diferencial para o passageiro?

Ademir Martins, das vantagens do uso do OF1724 em relação ao OF1721, podemos citar: menor tempo de viagem proporcionado pelo melhor desempenho, maior eficiência do sistema de climatização, mais segurança devido à maior potência (ultrapassagens mais seguras e mais potência de frenagem no freio motor), e não podemos esquecer de condução mais confortável para o motorista com menor RPM média e menos trocas de marcha.

Depende! O consumo de um veículo é variável de acordo com vários fatores. O relevo da rota por exemplo, o quanto o motor é exigido durante o percurso, a lotação da linha, o comprimento da carroceria, a quantidade de paradas. Tudo isso influencia. O que normalmente acontece é que o veículo com motor maior, em trajeto rodoviário, tende a consumir menos que o de motor menor, devido ao menor esforço para atingir e manter velocidades mais altas, além de menor dificuldade para transpor diferenças de nível. Por isso quando falamos em operações suburbanas, por vezes a melhor aplicação é um ônibus com maior potência e torque, que se revertem em menor desgaste, maior eficiência e também comodidade para motorista e passageiros.

Sabemos que, no final das contas, a diretoria da empresa é quem decide a compra da frota, e poucas vezes o parecer técnico é levado em conta, mesmo por grandes frotistas. Vai da estratégia de cada empresa, algumas são mais inteligentes do que outras.

Vou exemplificar como fazem aqui no Rio de Janeiro, onde temos um mar de 1721 andando em linhas de baixa demanda quanto em linhas expressas e até mesmo de serra! Por aqui costumam sempre comprar o mesmo chassi com a mesma carroceria em um mesmo tamanho para este referido carro poder circular em qualquer linha da empresa, não importa a quilometragem e nem o relevo da mesma, tiro este caso como o que a Prata fez em Bauru nas suas linhas suburbanas, o que achei um descalabro, mas enfim...

Quero dizer com isso que muitas empresas padronizam um chassi e até mesmo uma carroceria para rodar em qualquer linha da empresa, assim com tudo padronizado, o empresário não tem de se preocupar com diferentes tipos de peças, diferentes consumos de combustível e assim vai... O carro que estiver parado, ele sai para rodar...

Eduardo, o canal 'Clube do ônibus' gravou uma viagem em um desses OF-1721 do Expresso de Prata.
Segundo as informações citadas no vídeo, a média de consumo do carro é muito semelhante a dos carros de motor traseiro que foram baixados.

Então, colegas, seguindo a conversa.
Leonardo dos Santos, em Belo Horizonte desde meados de 2017 o ar condicionado e a suspensão a ar se tornaram itens obrigatórios para os ônibus do sistema municipal. O que os empresários fizeram? Em sua esmagadora maioria, trocaram o chassi de 4 cilindros pelas opções de 6, e reduziram o tamanho da carroceria. Poucas empresas adquiriram OF1721L com a nova configuração cobrada pela prefeitura, e apenas uma empresa repetiu a compra, mesmo assim em pouquíssimas unidades, que não chegam a 5, complementadas por grandes lotes de chassis mais fortes. Isto porque nosso relevo é extremamente acidentado, e a cidade é famosa pelas condições severas de operação. Em todos os casos, os OF1721L perdem rentabilidade pelo esforço excessivo para cumprir a maioria das rotas, resultando em desgaste, quebras, e consumo maior quando expostos a demandas pesadas. Sobre o almoxarifado, não existe diferença significativa entre OF1721 e 24, pois a própria engenharia da Mercedes trabalhou para garantir total modularidade entre os veículos da marca, e isso é um ponto forte deles. Tirando o bloco do motor, que é uma peça única, quase todos os componentes são comuns entre os dois modelos. A grande questão é o custo de aquisição, que por sua vez é remunerado ao longo da vida útil do veículo.

Lucas Vieira, vou procurar o vídeo no YouTube. Observe que, segundo seu relato, o consumo pouco difere dos veículos maiores. Claro que o custo de manutenção de um K360IB ou K340, já mais rodado, é muito maior do que no OF1721L. O meu questionamento é, será que não existia nada mais adequado para este serviço? Será que sair do canhão para o estilingue foi a melhor escolha? Mesmo considerando depreciação, a longo prazo um OF1721L exposto a uma operação para a qual não foi projetado representa um lucro real em relação a um veículo que esteja em seu uso recomendado? Considerando o fabricante Mercedes-Benz, alternativas como o O500M, OF1724L e até mesmo o mais recente O500R (plataforma CBC, exatamente igual ao modelo M), que usam motores da família OM92X com altíssimo compartilhamento de peças e reconhecido baixo custo de manutenção, soam como escolhas mais lógicas.

Oi Eduardo!

Sim, eu cheguei a acompanhar as renovações de frota em Belo Horizonte e percebi que compraram chassis com maior cilindrada porém em carrocerias menores, e sei dos relevos que existem na cidade! No caso até fizeram o certo digamos assim, diferentemente aqui do Rio de Janeiro onde colocam 1721 ou até mesmo 1519 para tudo! Estes dois chassis fazem o mesmo trabalho em qualquer região aqui da cidade e sim, o desempenho na grande maioria das vezes é pífio...

Existem linhas por aqui que podem ter 1724, 17-260 ou B270F tranquilamente, mas os poucos chassis deste tipo que circularam por aqui, logo foram dispensados... Hoje, chassis de 6 cilindros, apenas nos ônibus do BRT somente, nas linhas convencionais daqui rodam apenas 4 cilindros...

E vou além, há linhas convencionais aqui na cidade que poderiam rodar tranquilamente com motor traseiro e algumas delas já tiveram esta configuração inclusive, mas hoje, apenas duas linhas municipais aqui da cidade circulam com ônibus padron, mesmo assim estes veículos não são na sua totalidade em ambas as linhas...

Já no caso da Prata, penso que O500M poderia ter sido a melhor solução, visto que se manteria o motor na traseira e com manutenção e aquisição mais em conta se comparando ao O500R antigo, K340 e K360...